Temos em nós a mania de pensar que todas as pessoas devem pensar do nosso modo, agir como nós e defenderem os mesmos propósitos. É constante e cada vez mais intenso, vermos pessoas falando da roupa, do cabelo, da maquiagem, da cor da pele, da orientação sexual, do estado de espírito, da falta de trabalho e até mesmo da fome que o próximo sente. Porém, sabemos que somos todos diferente e que o mundo, ou, melhor dizendo, a vontade de sempre vencer, nos fez sermos diferentes, também, naquilo que usamos, vestimos, comemos; de modo que, isso interfere diretamente nas nossas ralações políticas e sociais.
Ter preconceito é natural a todo ser que busca se proteger do que lhe é diferente. O errôneo, então, surge quando o estereótipo construído não é passível de superação acarretando em quadros de intolerância e discriminação, disjungindo as camadas populares. Não vigoram os diálogos, somente os monólogos.
O pobre, evidentemente, pensará mais nas questões e nos assuntos que lhes norteiam. Tal como, o rico pensará de uma forma semelhante, porém visando, obviamente, seus interesses, que, por sua vez, são diferentes dos interesses do pobre. Com tantas distinções, preferimos não ouvir quais os interesses semelhantes ou comuns. As discussões iniciam-se invertidas já com um “a final, de que lado você está?”.
Assim, mesmo sabendo que todos são diferentes e que existem muitos pontos a serem analisados nas condições de cada um e que, por exemplo, os interesses, os prazeres, as dúvidas, o posicionamento religioso, a condição financeira, entre outros; fazem de nossas ideias um universo divergência. No entanto, o que nos pode confortar é admitir que cada um tem o direito de ser, pensar e agir como quiser, bem como respeitar a pessoa alheia tendo consciência que o outro não é obrigado a respeitar a sua opinião mas a você como indivíduo, aceitando a condição humana de cada um, encaminhando como consequência a construção de um mundo melhor.
#A_Fonte Em Palavras |Por Fran Schettini