O presidente da União Brasileira dos Municípios (Ubam), Leonardo Santana, afirmou que pelo menos 90% das cidades brasileiras não terão condições de pagar o novo salário mínimo de R$ 880, que entrou em vigor nesta sexta-feira (1º). Previsão semelhante em âmbito estadual já havia sido feita na última terça-feira (29) pela presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria. Segundo Santana, para que os municípios possam arcar com o novo valor do mínimo, é necessário que o governo federal faça a reforma do pacto federativo e aumente a participação dos municípios na distribuição do dinheiro arrecado com impostos. Para o mandatário da entidade municipalista, o cenário de crise econômica vivido pelo Brasil acentua ainda mais as dificuldades das prefeituras de pagarem os vencimentos de seus funcionários. “O governo da União age como se os municípios não tivessem nenhuma importância no contexto federativo republicano, tomando medidas que vêm atingindo as administrações municipais durante esses últimos 20 anos, mantendo as cobranças indevidas e saques do INSS nas contas das prefeituras, aumentando as obrigações sociais com a municipalização e fazendo vista grossa para o caos financeiro que enfrentam menores entes federados”, criticou.
Por: Bahia Notícias