Autoridades da cidade de São Paulo admitiram neste sábado que há indícios de que a morte de sete pessoas, assassinadas a tiros esta madrugada dentro de um bar, pôde ter sido obra de um grupo de policiais. O fato aconteceu em um bar de Campo Limpo, bairro da populosa zona sul de São Paulo, aonde chegaram pelo menos 15 homens fortemente armados que dispararam contra uma mesa na qual estavam nove pessoas, seis das quais morreram na hora. Um dos feridos morreu posteriormente em um hospital, no qual ainda permanecem internadas as outras duas vítimas. Segundo testemunhas citadas pelas autoridades, o grupo desceu de três automóveis ao grito de “Polícia” e se dirigiu a uma mesa na qual estava com uns amigos Paulo Batista do Nascimento, que há dois meses, sem ser visto, filmou quando um grupo de policiais matava um homem na mesma rua do bar na qual neste sábado ocorreu a chacina. Paulo Batista entregou o filme à Polícia e cinco agentes que participaram do assassinato que ele filmou foram detidos dias depois. Fontes policiais citadas pela imprensa disseram que as autoridades admitiram que, sobre a base das declarações de testemunhas, existem indícios que apontam que a chacina pode ter sido cometida por agentes. As primeiras suspeitas apontavam para uma ação de um grupo criminoso nascido há mais de dez anos nas prisões do estado de São Paulo e que durante os últimos meses semeou o medo na cidade com atentados e atos de vandalismo. No entanto, as declarações das testemunhas abriram uma nova linha de investigação, segundo disseram fontes policiais à imprensa. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se pronunciou sobre o assunto e assegurou que “nenhuma hipótese será descartada” e que o caso será investigado com “todo o rigor necessário” a fim de “capturar os criminosos”. No entanto, Alckmin considerou “um pouco precipitado” se manifestar sobre a possibilidade de que o assassinato das sete pessoas tenha sido cometido por policiais. Segundo os primeiros resultados das investigações, os homens que entraram no bar dispararam pelo menos 50 tiros. Os responsáveis pelo caso disseram a jornalistas que recolheram dezenas de cápsulas de projéteis no local e que acreditam que as análises posteriores permitirão identificar as armas que foram utilizadas.
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