Desde sábado (19) voluntários, moradores e Corpo de Bombeiros estão, todos os dias, deslocando à Região da Água Vermelha, meio rural de Iguaí, para tentar conter um incêndio que iniciou na Região do Riachão de Cambiriba no começo do mês de dezembro.
A queimada já destruiu uma extensa área de vegetação nativa. O local é rico em nascentes e fica na Área de Proteção Ambiental Serra do Ouro. O trabalho dos voluntários, moradores da região e do Corpo de Bombeiros têm dado resultado e impedido que a tragédia ambiental fosse muito maior. Mas, ainda é preciso a mobilização e participação das instituições, da população para que os focos de incêndio não retorne.
O município também sofre com o período de estiagem, que é anormal para o período. E isso tem sido mais um grau de dificuldade que as equipes enfrentam no local. Outro aspecto é o difícil acesso ao local que fica num dos pontos mais altos do município.
Para denunciar agressões ao meio ambiente o cidadão pode ligar gratuitamente para o INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, através do Disque denúncia 0800-0711400.
Queimada
Utilizada para limpar e preparar o solo para o plantio, a queimada ainda é uma prática comum entre agricultores, principalmente com menos recursos financeiros. No entanto usar o fogo com esses objetivos não traz nenhum benefício ao produtor. Pelo contrário. Essa prática primitiva causa danos ao solo e aos demais recursos naturais. É o que explica o coordenador substituto de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Luiz Novais de Almeida.
Além de afetar os solos, o fogo deteriora a qualidade do ar, levando até ao fechamento de aeroportos por falta de visibilidade, reduz a biodiversidade e prejudica a saúde humana. Ao escapar do controle, atinge o patrimônio público e privado (florestas, cercas, linhas de transmissão e de telefonia, construções, etc.). As queimadas alteram a composição química da atmosfera e influem, negativamente, nas mudanças globais, tanto no efeito estufa quanto na redução da camada do ozônio.
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Com informações do INPE, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Agricultura