Na madrugada desta sexta (06) por volta das 01h23, moradores de Iguaí e cidades vizinhas como Nova Canaã, Ibicuí, Ibicaraí, Firmino Alves, Itororó, e até alguns moradores de diferentes lugares de Poções, dentre outras cidades, ficaram assustados ao perceberem um tremor e um barulho assustador em plena madrugada.
De imediato nas redes sociais o assunto que mais se falava foi do fato ocorrido, onde as pessoas na maioria jovens postavam em suas contas, relatando o que se passava naquele momento em Iguaí e região.
Segundo apuração do site IguaíBAHIA, o ocorrido em Iguaí, já está sendo apurado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo / USP, o tremor de Iguaí teve magnitude 3.16 MR (escala Richter, considerados pequenos e que não causam danos), que ainda traz em seu site oficial a seguinte mensagem:
Atenção: A menos que revisada por um geofísico, as localizações dos terremotos aqui apresentadas podem conter erros significativos ! Mesmo depois de revisadas, soluções apresentadas por diferentes instituições podem apresentar pequenas variações de localização e magnitude.
Pelo susto do momento muitas possibilidades acabaram sendo levantadas, dentre elas, uma eventual explosão de caixa eletrônico, por se tratar de um barulho muito forte assemelhando ao de uma explosão.
Mas a que se chocou com a veracidade do fato ocorrido, foi de um evento sísmico, que são ocorrências em que a energia é brevemente propagada na crosta da Terra, resultando em uma série de ondas sísmicas que se movem através da crosta. Em alguns casos, a energia pode ser suficientemente intensa que é sentida na forma de um tremor de terra, enquanto que em outros eventos sísmicos, a energia é tão suave que só pode ser identificada com equipamentos especializados. Eventos sísmicos são de grande interesse para pesquisadores em meio ambiente, conhecidos como os sismólogos, e estações de monitoramento usadas para controlar as atividades sísmicas encontradas em muitas regiões do mundo.
De acordo com moradores mais antigos no município de Iguaí, nunca se viu nada igual ao longo desses anos.
Na onda de momento nas redes sociais, outra hipótese que vinha sendo levantada pelos moradores, e muito pouco provável, já descartada era de um objeto espacial, que está em rota de colisão com o Planeta Terra e deve cair no planeta na próxima semana, informaram pesquisadores em artigo da revista científica “Nature”. De acordo com a publicação, o corpo tem cerca de dois metros de diâmetro e deve queimar por completo ao entrar na atmosfera terrestre. O objeto recebeu o nome de WT1190F e possui órbita de duas vezes a distância da Lua. Ele deve colidir com a Terra por volta das 4h20 (horário de Brasília) do dia 13 de novembro, atingindo o oceano Índico em uma região próxima ao Sri Lanka.
Ainda se tratando desse objeto espacial astrônomos não conseguiram identificar de onde o objeto surgiu, mas acreditam que ele já foi visto entre 2012 e 2013. Entre as hipóteses estão de que ele seria um pedaço de foguete ou destroços da missão Apollo. Os cientistas da Universidade do Arizona garantem que o fenômeno não apresenta riscos para os humanos. “Mas eu não gostaria de estar pescando naquela região”, brincou o astrônomo Bill Gray. (Matéria postada no Bahia Notícias, 5/11/2015).
Na Bahia, já foram registrados vários eventos sísmicos, até a atualidade, soma-se 129 ocasiões.
Abaixo uma lista de todos (atualizada em 2o de setembro de 2015).
– 1666 – Tsunami – Baía de Todos os Santos
– 04 de janeiro de 1724 – Salvador – estimado 2,8 graus Richter
– 1876 – Salvador
– dezembro de 1899 – Amargosa – estimado 3,5 graus Richter
– 18 de julho 1905 – Senhor do Bonfim – estimado 4,8 graus Richter
– 1905 – Xiquexique – estimado 4,7 graus Richter
– 15 de março de 1911 – Itaparica – estimado 3,3 graus Richter
– 22 de março de 1911 – Itaparica – estimado 4,4 graus Richter
– 1911 – Baía de Todos os Santos liberando gases na água. parecia efervecente
– 19 de abril de 1912 – Jequirica – estimado 3,7 graus Richter
– 06 de novembro de 1915 – Ilha das Fontes / São Francisco do Conde – estimado 4,0 graus Richter
– 07 de novembro de 1917 – Rio Fundo / Terra Nova – estimado 4,3 graus Richter
– 22 de dezembro de 1917 – Santo Amaro
– 12 de janeiro de 1918, às 8 horas – Santo Amaro
– 12 de janeiro de 1918 – Rio Fundo / Terra Nova – estimado 3,7 graus Richter
– 04 de março de 1918 – Santo Amaro
– 22 de março de 1918, à 0 hora – Santo Amaro
– 22 de março de 1918, às 12 horas – Santo Amaro
– 27 de março de 1918 – Santo Amaro
– 29 de março de 1918 – Santo Amaro
– 14 de abril de 1918, às 4 horas – Santo Amaro
– 14 de abril de 1918, às 5 horas – Santo Amaro
– 19 de abril de 1918 – Santo Amaro
– 07 de novembro de 1918 – Epicentro provável: Pojuca – – Sentido em Salvador, Feira de Santana, Cachoeira, Amargosa, Curralinho, Nazaré, Valença, Alagoinhas, Serra Grande
– 09 de novembro de 1919 – Acupe – estimado 3,8 graus Richter
– 09 de novembro de 1919 – Nazaré
– 10 de novembro de 1919 – Salvador
– 10 de novembro de 1919 – Santo Amaro – estimado 3,6 graus Richter
– 13 de novembro de 1919 – Santo Amaro
– 16 de novembro de 1919 – Santa Bárbara das Lajes – estimado 3,5 graus Richter
– 19 de novembro de 1919 – Salvador
– 23 de novembro de 1919 – Recôncavo – estimado 4,2 graus Richter
– 26 de janeiro de 1972 – Centro-Sul baiano – 3,3 graus Richter
– 18 de maio de 1976 – Ibicaraí – 3,7 graus Richter
– 19 de maio de 1976 – Ibicaraí – 3,8 graus Richter
– 11 de agosto de 1976 – Ibicarai – 3,5 graus Richter
– outubro de 1976 – Ibicarai – 3,4 graus Richter
– 10 de novembro de 1981 – Cândido Sales – 2,9 graus Richter
– 29 de março de 1980 – Paulo Afonso – 3,6 graus Richter
– 23 de julho de 1982 – Sudoeste baiano – 2,9 graus Richter
– 10 de outubro de 1982 – Barreiras – 2,8 graus Richter
– 01 de junho de 1983 – Cocos – 3,2 graus Richter
– 28 de junho de 1983 – Santo Antônio de Jesus – 2,2 graus Richter
– 03 de agosto de 1987 – Jiquiricá – 2,3 graus Richter
– 09 de maio de 1989 – Teodoro Sampaio – 2,2 graus Richter
– 08 de março de 1990 – Encruzilhada – 3,1 graus Richter
– 09 de março de 1990 – Encruzilhada – 2,9 graus Richter
– 30 de abril de 1990 – Itaberaba – 2,9 graus Richter
– 14 de março de 1991 – Euclides da Cunha – 2,2 graus Richter
– 19 de abril de 1991 – Encruzilhada – 3,0 graus Richter
– 05 de maio de 1991 – Buerarema – 2,8 graus Richter
– 11 de setembro de 1991 – Itaparica – 2,3 graus Richter
– 17 de setembro de 1991 – Mundo Novo – 2,4 graus Richter
– 22 de novembro de 1991 – Ilha de Itaparica – 2,2 graus Richter
– 07 de janeiro de 1992 – Teodoro Sampaio – 2,0 graus Richter
– 09 de junho de 1992 – Jaguaquara – 3,0 graus Richter
– 05 de agosto de 1992 – Mundo Novo – 2,1 graus Richter
– 06 de agosto de 1992 – Mundo Novo – 2,3 graus Richter
– 13 de agosto de 1992 – Mundo Novo – 2,2 graus Richter
– 16 de agosto de 1992 – Mundo Novo – 2,1 graus Richter
– 20 de agosto de 1992 – Mundo Novo – 2,4 graus Richter
– 20 de agosto de 1992 – Senhor do Bonfim – 2,5 graus Richter
– 02 de setembro de 1992 – Mundo Novo – 2,0 graus Richter
– 19 de setembro de 1992 – Mundo Novo – 2,4 graus Richter
– 20 de setembro de 1992 – Mundo Novo – 2,2 graus Richter
– 30 de setembro de 1992 – Mundo Novo – 2,1 graus Richter
– 15 de outubro de 1992 – Mundo Novo – 2,6 graus Richter
– 23 de setembro de 1994 – Jaguaquara – 2,7 graus Richter
– 12 de abril de 1995 – Itaberaba – 2,2 graus Richter
– 13 de junho de 1996 – Itapetinga – 2,1 graus Richter
– 03 de setembro de 1996 – Fátima – 2,1 graus Richter
– 29 de julho de 1998 – Jaguarari – 3,1 graus Richter – induzido por mineração
– 07 de outubro de 1998 – Jaguarari – 2,7 graus Richter – induzido por mineração
– 28 de março de 1999 – Jaguarari – 2,8 graus Richter – induzido por mineração
– 28 de outubro de 1999 – Jaguarari – 2,2 graus Richter – induzido por mineração
– 13 de julho de 2000 – Jaguarari – 2,8 graus Richter – induzido por mineração
– 06 de abril de 2000 – Jaguarari – 3,0 graus Richter – induzido por mineração
– 08 de dezembro de 2001 – Jaguarari – 3,1 graus Richter – induzido por mineração
– 20 de setembro de 2002 – Santo Amaro – 3,0 graus Richter
– 28 de setembro de 2002 – Santo Amaro – 3,7 graus Richter
– 01 de outubro de 2002 – Santo Amaro – 2,8 graus Richter
– 10 de outubro de 2002 – Amargosa – 3,6 graus Richter
– 17 de outubro de 2002 – Santo Amaro – 2,9 graus Richter
– 31 de julho de 2003 – Correntina – 2,9 graus Richter
– 31 de julho de 2003 – Correntina – 3,0 graus Richter
– 31 de julho de 2008 – Correntina – 2,9 graus Richter
– 31 de janeiro de 2009 – Correntina – 2,6 graus Richter
– 25 de outubro de 2007 – João Dourado
– 26 de outubro de 2007 – João Dourado
– 31 de janeiro de 2009 – Correntina – Coribe – Jaborandi – Magnitude Média: 2,6 mR – Localização: Lat.: -13.726º – Long.: -44.739º (erro: +/- 30 km) – Prof.: 11 km (LocSat Program)
– 01 de março de 2010 – Apuarema
– 16 de março de 2010 – Mutuípe – Jiquiriçá – 2,0 Richter, às 13:30
– abril de 2010 – Guaratinga – 2,0 escala Richter
– 27 de maio – Mutuípe
– 30 de maio – Mutuípe – 23 horas
– 01 de junho de 2010 – Epicentro: Mutuípe – Magnitude: 3,2 mD – Localização: Lat. -13,20°, Lat. -39,50° (Erro: ± 0,09°).
– 13 de junho de 2010 – Serrolândia
– 14 de junho de 2010 – Epicentro: Umburanas – sentido e anotado em Quixabeira
– 21 de abril de 2012 – Lapão, a 12 km de em Irecê
– 13 de agosto de 2014 – Correntina – 3,1 mR (escala Richter) – Lat.-13,49° – Long. -44,61°
– 09 de setembro de 2014 – Jaborandi – 2,9 mR (escala Richter) – Lat.-14,05° – Long. -49,45°
– 29 de novembro de 2014 – Matina – 2,3 mR (escala Richter) – Lat.-13,93° – Long. -42,99°
– 02 de dezembro de 2014 – Brejolândia – 1,6 mR (escala Richter) – Lat.-12,28° – Long. -43,88°
– 12 de janeiro de 2015 – Guanambi – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-14,13° – Long. -42,79°
– 13 de março de 2015 – Formosa do Rio Preto – 1,8 mR (escala Richter) – Lat.-11,01° – Long. -45,82°
– 17 de março de 2015 – Itagibá – 0,3 mR (escala Richter) – Lat.-14,28° – Long. -39,89°
– 23 de março de 2015 – Correntina – 1,4 mR (escala Richter) – Lat.-13,16° – Long. -44,83°
– 27 de março de 2015 – Barra do Rocha – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-14,20° – Long. -39,66°
– 27 de março de 2015 – Itagibá – 2,0 mR (escala Richter) – Lat.-14,20° – Long. -39,66°
– 27 de março de 2015 – Ubatã – 2,2 mR (escala Richter) – Lat.-14,15° – Long. -39,52°
– 04 de abril de 2015 – Jequié – 1,5 mR (escala Richter) – Lat.-17,02° – Long. -40,45°
– 06 de abril de 2015 – Paratinga – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-12,23° – Long. -43,05°
– 06 de abril de 2015 – Santa Maria da Vitória – 2,2 mR (escala Richter) – Lat.-13,30° – Long. -44,26°
– 22 de abril de 2015 – Jaguarari – 1,6 mR (escala Richter) – Lat.-9,90° – Long. -40,06°
– 23 de abril de 2015 – Vitória da Conquista – 2,14 mR (escala Richter) – Lat.-14,18° – Long. -39,80°
– 24 de abril de 2015 – Candiba – 1,73 mR (escala Richter) – Lat.-14,42° – Long. -48,81°
– 25 de abril de 2015 – Camamu – 1,5 mR (escala Richter) – Lat.-14,07° – Long. -39,22°
– 25 de abril de 2015 – Jaguarari – 2,4 mR (escala Richter) – Lat.-10,33° – Long. -40,20°
– 27 de abril de 2015 – Miguel Calmon – 2,2 mR (escala Richter) – Lat.-11,40° – Long. -40,67°
– 19 de maio de 2015 – Ponto Novo – 1,9 mR (escala Richter) – Lat.-10,88° – Long. -40,20°
– 07 de junho de 2015 – Correntina – 1,3 mR (escala Richter) – Lat.-13,42° – Long. -45,40°
– 07 de junho de 2015 – Miguel Calmon – 1,9 mR (escala Richter) – Lat.-11,33° – Long. -40,56°
– 15 de junho de 2015 – Jacobina – 1,9 mR (escala Richter) – Lat.-11,21° – Long. -40,67°
– 30 de junho de 2015 – Correntina – 2,2 mR (escala Richter) – Lat.-13,44° – Long. -45,04°
– 05 de julho de 2015 – Correntina – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-13,07° – Long. -44,97°
– 26 de julho de 2015 – Luis Eduardo Magalhães – 1,6 mR (escala Richter) – Lat.-12,26° – Long. -45,78°
– 7 de agosto de 2015 – Mucuri – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-18,24° – Long. -39,72°
– 16 de agosto de 2015 – Maracás – 2,1 mR (escala Richter) – Lat.-13,47° – Long. -40,72°
– 20 de setembro de 2015 – Miguel Calmon – 1,6 mR (escala Richter) – Lat.-11,32° – Long. -40,61°
Fontes:
Acompanhamentos de:
– Observatório Sismológico da Universidade de Brasília – Distrito Federal, Brasil
– United States Geologic Survey – USGS
Bibliografia:
– “A Tarde” – jornal – várias datas.
ASSUNÇÃO, Marcelo. “Sismos no Brasil – Período de 1720 a 2007.” São Paulo (São Paulo): IAG – Universidade de São Paulo, sd.
– BRANNER, John Casper. “Earthquakes in Brazil.” Nova Iorque (Estados Unidos da America do Norte): The Journal of Geology, v.18, n.4, p. 327-336, maio – junho de 1910.
– CORRÊA, Iran Carlos Stalliviere. “Terremotos do Brasil.” Porto Alegre (Rio Grande do Sul): Museu de Topografia Professor Laureano Ibrahim Chaffe – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, abril de 2010.
– LIMA, Carlos César Uchoa de. “O Neotectonismo na Costa do Sudeste e do Nordeste Brasileiro.” Revista de Ciência & Tecnologia, n.15, p.91-102, junho de 2000.
– SAMPAIO, Theodoro. Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, junho de 1918.
– SAMPAIO, Theodoro. “Tremores de terra na Bahia, em 1919” Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, 1920
Até o presente momento não podemos afirmar, como e o que aconteceu de fato, mas só quem passou pelo susto nessa madrugada pode sentir realmente a emoção ou apreenção de presenciar um fenômeno tão temido proporcionado pela natureza.
Segundo o coordenador de ações Estratégicas da Defesa Civil do Estado, Paulo Sérgio Menezes Luz, é a primeira vez que um abalo sísmico é registrado na região. Equipes do órgão estão avaliando as causas do tremor.
Para o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), uma das causas do tremor pode ter sido a acomodação do solo por causa da falta de chuva na região.
Por Luan Soares
*Com informações Climatologia Geografica