Os médicos do Estado aprovaram, em assembleia realizada na noite desta terça-feira (19), a proposta acordada em reunião, na Governadoria, entre o governador Jaques Wagner, secretários e os dirigentes das entidades de classe. O governo atendeu à principal reivindicação da categoria – a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que vinha sendo negociado com o segmento.
Participaram da reunião na Governadoria, também nesta terça, os representantes do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e Associação Baiana de Medicina (ABM).
Entre as propostas aprovadas está o reajuste salarial, que irá variar de 15% a 30%, a depender da categoria de cada profissional. O enquadramento inicial do plano será feito em 2013 e 2014. O aumento acumulado entre 2007 e o final de 2014 será de 300%. Em 2015, será aplicado o primeiro processo de progressão e, em 2016, o processo de promoção. Nos últimos oito anos, o governo já contratou 2.600 médicos, a maior efetivação de médicos, depois de 15 anos sem concurso.
O PCCV precisa ainda da aprovação da Assembleia Legislativa da Bahia para ser implementado. O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, disse que a aprovação do plano foi um fato bastante significativo. “Houve um avanço importante e o esforço foi feito por parte de todos. A aprovação do plano tem um simbolismo por ser uma reivindicação histórica da categoria”.
Aposentados também serão beneficiados
Para o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, a construção, pela primeira vez na Bahia, de um Plano de Cargos e Carreira específico para os médicos é um grande avanço. “Diria que a maior conquista é ter um plano de carreira com progressão, com avanço por tempo de serviço e com a qualificação”.
Solla afirma que também está sendo resolvida a questão da diferença dos aposentados para os profissionais da ativa. “Com o plano de carreira, vai haver uma recuperação importante dos vencimentos das aposentadorias”.
O impacto de mais de R$ 100 milhões somente na implantação inicial do plano vai refletir na melhoria da atuação dos profissionais e na ampliação da qualidade dos serviços prestados à população. O resultado da assembléia dos médicos foi de 41 votos a favor e 17 contra a aceitação da proposta.
Por SECOM/BA